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Intel Alder Lake: i5 12600K

O processo de fabrico de 14nm da Intel ficará para a história como um dos maiores sucessos da empresa, sendo talvez o mais prolíficos e adaptável de sempre, servindo de cavalo de batalha à companhia por uns impressionantes e sem precedentes 6 anos.
Ente a concorrência cada vez mais feroz da AMD e enormes dificuldades de implementação de processos de fabrico mais avançados, a Intel viu-se obrigada a espremer todo o potencial dos 14nm em nada menos do que 7 gerações (embora se possa argumentar o conceito de geração em algumas delas) de CPUs para o mercado de consumo.

Em Novembro, a era dos 14nm chegou, finalmente, ao fim, com o lançamento da 12ª geração de CPUs, baseados numa nova arquitetura e fabricados num novo processo de 10nm, entretanto rebatizado de “Intel 7”, numa jogada de marketing que pretende refletir a paridade tecnológica dos processos da Intel com os de outros fabricantes. Neste caso, e sem grandes rodeios, com os 7nm da TSMC.

Além do processo de fabrico, a nova arquitetura, designada como “Alder Lake”, introduz diversas estreias tecnológicas, como o suporte a DDR5 e PCIe 5.0. DDR4 continua a ser suportada, com a opção por uma ou outra a depender da escolha da motherboard.
O suporte a PCIe 5.0 também é limitado a 16 linhas, com a plataforma a fazer ainda amplo uso de linhas PCIe 4.0 para armazenamento e até 3.0 para periféricos com menor necessidade de largura de banda.
O IGP também corta de forma significativa com as gerações anteriores, sendo agora baseado na arquitectura gráfica Xe.

A maior novidade desta geração, no entanto, está na introdução de uma arquitetura heterogénea de núcleos de processamento, num arranjo semelhante ao que já se encontra há alguns anos nos processadores ARM.
Assim, estes processadores contam agora com dois tipos de núcleo, os núcleos P, grandes, complexos e de elevada performance, e os núcleos E, mais simples e pequenos e focados na eficiência energética.

Como se pode ver, os núcleos E usam apenas uma pequena fração da área dos núcleos P, com cada grupo de 4 a ocupar pouco mais espaço que um único núcleo P.

Naturalmente, a presença de dois tipos de núcleo, com características de performance e consumo de energia substancialmente diferentes, introduz alguma complexidade de gestão de recursos ao nível do sistema operativo. Para facilitar essa gestão a Intel introduziu uma nova funcionalidade nestes CPUs, o Thread Director, um pedaço de lógica que analisa as threads em processamento em tempo real e dá sugestões ao sistema operativo como as distribuir pelos núcleos de processamento disponíveis.
O recém lançado Windows 11 é já capaz de tirar pleno partido da arquitetura heterogénea destes CPUs.
O Windows 10 ainda tem algumas dificuldades pontuais, como veremos mais à frente.

De notar ainda que a Intel referencia especificamente os CPUs desbloqueados na lista de novidades. Especula-se que a restante gama, a lançar no inicio do próximo ano, poderá utilizar apenas núcleos P, algo que não seria de estranhar vindo da Intel, que tanto gosta de micro diferenciar a sua gama.

Para já estão disponíveis os seguintes modelos:

ModeloNúc. P+E (Th.)Freq. Base (P)Freq. Turbo (P)CacheTDPIGPMSRP
i9 12900K8+8 (24)3,2GHz5,1GHz30MB241WSim$589
i9 12900KF8+8 (24)3,2GHz5,1GHz30MB241WNão$564
i7 12700K8+4 (20)3,6GHz4,9GHz25MB190WSim$409
i7 12700KF8+4 (20)3,6GHz4,9GHz25MB190WNão$384
i5 12600K6+4 (16)3,7GHz4,9GHz20MB150WSim$289
i5 12600KF6+4 (16)3,7GHz4,9GHz20MB150WNão$264

A acompanhar os novos CPU temos também uma nova plataforma, com novo socket, LGA1700, e novo chipset, Z690.

O chipset é um upgrade do anterior Z590. A atualização mais importante passa pelo duplicar da largura de banda disponível entre o CPU e o chipset, com a adoção da ligação DMI 4.0 (baseada em PCIe 4.0), face à anterior 3.0 e da introdução de 12 linhas PCIe 4.0, que expandem significativamente as possibilidades de armazenamento de elevada performance. De resto suporta todas as tecnologias e funcionalidades das gerações anteriores, e aumenta o número de SATA e USB de 10 e 20 Gbps disponíveis.

Aqui na ZWAME aproveitámos o lançamento desta plataforma para atualizar a nossa benchtable e a dotar de suporte PCIe 4.0, 5.0 e DDR5. Optámos pelo i5 12600K por ser a opção financeiramente mais racional, já que nos providencia toda a funcionalidade de que necessitamos, e porque pensamos ser a que melhor representa a realidade da maioria dos utilizadores da nossa comunidade, permitindo-nos apresentar resultados mais relevantes a estes.
Nas próximas páginas iremos analisar a performance deste sistema na configuração de origem.
Seguir-se-ão artigos onde exploraremos o overclock deste CPU e a evolução da performance do processador gráfico integrado da Intel.

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