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Teclado Mecânico Mountain Everest Max

Impressões de utilização e conclusão

Começando pela qualidade de construção, podemos dizer que é de excelente nível. O teclado é muito robusto e extremamente rígido, não cedendo um milímetro em utilização. O acabamento escovado do alumínio aparenta boa resistência a riscos e ao passar do tempo. Os apoios magnéticos são metálicos, não há patilhas ou molas para quebrar. Os ímanes são muito fortes e no dia a dia os apoios portam-se como se eles e o teclado fossem uma peça monolítica. Os interruptores… são Cherry MX.
O módulo numérico é construído exactamente pela mesma fórmula.
A Media Dock é integralmente plástica, mas de qualidade e com textura durável. A excepção aqui é o selector rotativo, cujo ecrã exige algum cuidado para evitar riscos.
Os cabos incluídos são trançados de grande qualidade, também.
As teclas são em plástico ABS, existindo a opção de PBT por 30€ extra, mas apenas no layout US. PBT de origem seria perto de perfeito, neste capítulo, mas compreendemos a concessão em nome da competitividade do produto. De qualquer maneira, o teclado segue o layout de tamanho standard, pelo que o upgrade posterior para teclas aftermarket é sempre uma possibilidade.

No dia a dia, o grande diferenciador deste teclado é, como seria de esperar, o teclado numérico amovível. Quem sempre suspirou pelo espaço poupado de um TKL mas nunca conseguiu abdicar da praticabilidade do teclado numérico tem aqui o que pode ser a solução perfeita. O módulo numérico encaixa e desencaixa com grande rapidez e precisão na base e ao fim de pouco tempo torna-se natural encostar o módulo à lateral quando se precisa dele (por exemplo, para trabalhar), e “manda-lo fora” para um canto quando já não faz falta (por exemplo, para jogar). O conforto de utilização vai depender um pouco da superfície de trabalho, no entanto. Num tapete de secretária de pano, o teclado desliza como um todo sem qualquer problema, reposicioná-lo é muito fácil e nem nos lembramos que não é uma unidade monolítica.
Já na madeira nua, os pés de borracha agarram-se como lapas, o que é bom, mas obriga a que se levante o teclado para o reposicionar, o que por sua vez induz algum stress na junção dos módulos que nos deixa um pouco desconfortáveis a longo prazo. Parece-nos que quem não tem interesse na componente TKL continua melhor servido com um teclado completo tradicional.
Para utilizações mistas, esta é uma solução que só peca por tardia.
A Media Dock introduz algumas funcionalidades interessantes, mas a maioria não nos parece algo que passe a fazer aparte do quotidiano dos utilizadores. O maior potencial parece-nos estar provavelmente na possibilidade de configurar funções alternativas nas teclas que esta disponibiliza.
Uma nota final para a estabilização da barra de espaços, das melhores que já experienciamos.

No fim, temos aqui um teclado muito bem construído, dotado de uma modularidade sem precedentes, extremamente configurável e personalizável, introduzindo possibilidades de utilização muito interessantes.
A versão testada, o MOUNTAIN Everest Max, com switches Cherry MX Red e layout ISO-PT, encontra-se no site da marca por 250€, mas também pode ser encontrado no retalho. Esta versão incluí todos os acessórios, teclado numérico, Media Dock e apoio de pulsos. A MOUNTAIN também disponibiliza apenas o teclado base, Everest Core, por uns mais simpáticos 150€, ao qual é possível acrescentar posteriormente módulos e acessórios a gosto, que também podem ser todos adquiridos individualmente.
Nem todas as opções de interruptor se encontram ainda disponíveis no layout PT, mas essa é a beleza deste teclado: nada é definitivo na compra, é sempre possível trocar mais tarde, até os interruptores. Tanto que a marca chega a disponibilizar a base do teclado, sem interruptores ou teclas, para quem o quiser fazer em casa, à medida das suas preferências.

Este é um produto indubitavelmente de nicho, e face a tudo o que oferece, que é bastante, os valores pedidos, ainda que algo elevados, não nos parecem de todo exagerados. Leva o nosso recomendado sem reservas.

A ZWAME agradece à MOUNTAIN a disponibilização deste produto para análise.

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