
A Beelink tem uma linha de produtos bastante diversificada. Já analisamos Mini PCs com AMD e Intel, um Media Center com armazenamento. Desta vez, temos uma dock USB-C, onde podem ligar o carregador do portátil, expandir o número de portas USB, ao mesmo tempo que expande o armazenamento disponível e podem ligar o monitor externo.
Como sempre, tentamos pensar alguns cenários de utilização e perceber o limite da dock.
Especificações
Dimensões | 115,3×39,3x11mm |
Material | Alumínio |
Côr | Cinzento Sideral |
Interface | 2x USB 3.0 1x Conector Macho USB-C 1x Conector Fêmea para carregamento USB-C 1x HDMI 1x Botão 1x LED 1x SSD 512GB M.2 2280 SATA3 |
Output | Vídeo: 4K Power: 10W-100W |
Compatibilidade | Android, Windows 10, Windows 11, MacOS |
Preço | 92,80€ (versão 512GB). Sem SSD 36,77€. |
Unboxing



A dock vem bem acondicionada. Sendo em alumínio, e não tendo peças amovíveis não é algo propriamente frágil. Na caixa exterior a Beelink decidiu desenhar as diferentes portas que fazem parte da mesma, desse modo, é simples de ver sem abrir a caixa como é constituída a mesma.

No interior da caixa, além da dock temos o manual e uma bolsa.


Nas imagens acima podemos ver o pormenor da construção. Toda em alumínio, recorre a ventilação passiva mediante os múltiplos furos na parte superior. O SSD quando se conecta a Dock fica desligado (LED azul). Clicando no botão é ligado (LED muda para verde).


O USB-C é apenas para carregamento. Não é utilizável para dispositivos infelizmente.

O SSD fica na parte inferior da Dock. Não tem qualquer adesivo térmico e se se recordam a furação fica na parte superior do outro lado do PCB da motherboard. Este SSD não é NVMe, é SATA3, a performance nunca vai ser tão elevada como num desses SSD nem a necessidade de dissipação.


Antes de entrar nos testes, fica a imagem do setup. Pegamos na caixa externa que testamos à pouco tempo e no KIOXIA Exceria NVMe 1TB e ligamos a uma porta USB 3.0 para percebermos o que conseguíamos fazer.
Interior

Olhando para o interior desta Dock, podemos confirmar que ela tem o formato de um SSD M.2 2280 e é apenas um pouco maior que esse SSD. Está feita para que grande parte da área seja ocupado pelo SSD interno, sendo que as portas USB e HDMI ficam nos extremos.
O SSD M.2 é perfeitamente standard e pode ser usado noutros dispositivos que suportem o conector M.2 SATA e permitam SSDs M.2 2280.
Ao mesmo tempo, como ele é standard e é possível retirá-lo, também pode ser trocado por outro SSD M.2 SATA 2280, mas não um de menores dimensões, como SSDs 2230, 2242 e 2260, visto que o PCB da Dock não tem furações além da furação para M.2 2280, o que é pena, visto que talvez não fosse complicado e permitiria sempre o uso de muitos outros SSDs, apesar dos 2280 serem os mais populares.
De resto, o PCB da Dock é simples e a possível troca do SSD é simples e sem obstruções de outro tipo.

A controladora usada nesta Dock, não se encontra visível da parte de cima do PCB. Com toda a certeza que deve estar na parte contrária desse mesmo PCB, o que até pode ajudar a nível de arrefecimento, se estiver em contacto com a Caixa.
Não retiramos para confirmar, mas pelo que podemos ver dentro do Device Manager do Windows, a controladora usada é a “ASMedia AS235CM“. Isto é uma controladora USB 3.1 Gen1, o que é o mesmo que dizer que está limitada a 5 Gbits de Bandwidth na porta USB. Este ponto é importante, porque tanto o SSD, como as 2 portas USB e a porta HDMI, vão estar limitadas a este número. Isto pode criar um bottleneck em alguns usos, porque logo o SSD interno, está num interface SATA 3, que teoricamente, é capaz de 6 Gbits, o que já é superior ao valor suportado por esta controladora. Se o SSD interno estiver em uso, com outros dois dispositivos nas portas USB, que precisem de muita bandwidth e ainda um ecrã na porta HDMI, algo terá que ficar mais lento, visto que 5 Gbits não terá capacidade para tudo.
Apesar disto, em cenários mais simples e com utilizadores menos exigentes, não sentirão lentidão.

O PCB da Dock só tem um Chip visível “importante”. Este chip é o “Fresco Logic FL7102” e encontra-se ao lado da porta USB-C, visto que é o chip que controla a distribuição de energia através desta porta.
Também desta empresa, há outro chip, que deverá estar na parte de baixo do PCB. Esse chip será o “Fresco Logic FL1000” ou derivado e a função dele é a de controlar a comunicação entre o interface USB e o interface HDMI.

No SSD M.2 2280, apesar dos seus 512GB de espaço e do seu tamanho 2280, só temos dois chips.
O primeiro, mais perto do slot M.2, é a controladora, que é da SMI, modelo SM2258XT. Está é uma controladora SATA, bastante simples, barata e de entrada de gama, para SSDs. Suporta NAND TLC, não suporta RAM a fazer de Cache e está limitado a 4 canais.

O segundo Chip é onde estão os 512 GB de armazenamento Flash. Este Chip, pela marcação, é um chip de NAND TLC 3D com 64 camadas e produzido pela Intel num processo de fabrico 1x nm.
Também é a NAND que é mais usada no mercado de gama baixa, apesar de TLC, nos dias de hoje, ser usado quase transversalmente, em todos os mercados.
Sendo o fabricante a Intel, penso que deverá ter boa qualidade e dá algumas garantias.