Temperaturas
Para o teste deste dissipador usamos o nosso sistema AM4, com a seguinte composição:
CPU | AMD Ryzen 7 1700 @stock AMD Ryzen 7 1700 @3,8GHz |
Motherboard | MSI B350 Tomahawk |
RAM | Corsair Dominator Platinum 2x8GB DDR4 3200MHZ @2133MHz CL15 |
Placa gráfica | MSI GTX960 Gaming 2GB |
Drive de sistema | Toshiba OCZ RD400 512GB |
Cooling | AMD Wraith Spire RGB Arctic Freezer 33 Arctic Freezer 33 Plus |
Fonte de alimentação | Corsair CS750M |
Caixa | Benchtable |
Para testar o desempenho dos coolers em carga optamos por pôr de lado os habituais testes de stress e usar no seu lugar o cliente do projecto Folding@Home, com os pontos conseguidos a reverterem para a nossa Portugal@Folding. Desta forma, processamento e energia que seriam desperdiçados passam a ter alguma utilidade. E testamos os coolers num cenário exigente com real expressão na prática.
A metodologia seguida foi simplesmente deixar o CPU a “foldar” por períodos mínimos de meia hora e registar a temperatura atingida, reportada pelas aplicações Ryzen Master Utility e MSI Comand Center.
Os dissipadores foram testados com o CPU à frequência stock e com overclock para 3,8GHz com 1.36V. Cada teste foi repetido duas vezes, primeiro com o controlo da ventoinha em modo automático e de seguida com a ventoinha à velocidade máxima constante.
A temperatura ambiente durante os testes situou-se nos 25ºC.
Quanto ao ruído, temos disponível um medidor de nível sonoro, mas apenas regista valores acima dos 30dB. Assim, considerações sobre o ruído serão essencialmente subjectivas.
Qualquer valor de dB mencionado, foi medido a 15cm de distância dos dissipadores. Por fim, é necessário ter em consideração que o sistema se encontra montado numa benchtable aberta.
Com o sistema em repouso a diferença de desempenho entre os coolers é marginal. O resultado do Freezer 33, a perder um par de graus centígrados para o cooler stock, parece fraco até nos lembrar-mos que tem, nesta situação, a(s) ventoinha(s) parada(s). 32ºC e 0dB. O cooler stock roda a cerca de 800 rpm e é também praticamente silencioso.
Em carga o Freezer 33 começa a mostrar a sua valia, tirando uns expressivos 15ºC ao cooler stock. A segunda ventoinha do Plus dá um ganho de 2ºC extra, além de ainda ter o efeito de baixar a rotação das ventoinhas de 900rpm para cerca de 700rpm. O cooler stock sobe às 1600 rpm, neste caso, e começa a fazer-e ouvir ligeiramente, mas ainda sem ultrapassar a barreira dos 30dB.
De modo a ter uma representação gráfica do impacto da segunda ventoinha no Freezer33, corremos um teste onde ela foi retirada a meio:
É interessante analisar estes dois gráficos em conjunto, pois torna perfeitamente visível a relação entre a temperatura do CPU e a velocidade das ventoinhas.
O aumento da temperatura a meio do gráfico corresponde à retirada da segunda ventoinha, com a que sobra a compensar subindo um pouca a velocidade, das cerca de 700 para as 900 rpm, estabilizando a temperatura nos 48ºC.
Com as ventoinhas a rodar na máxima velocidade a diferença é menor, de 11ºC, mas neste caso o cooler stock roda a 2700rpm (34dB), vs as 1350 (31db) do Freezer 33.
A segunda ventoinha baixa, de novo, mais 2ºC, mas com um grande senão: embora as ventoinhas não sejam muito ruidosas à velocidade máxima, mesmo a funcionarem em simultâneo lado a lado, quando montadas em push-pull no cooler parecem causar algum tipo de interferência, introduzindo um silvo agudo que causa algum incómodo, especialmente pelo seu tom. Nesta configuração o nosso medidor regista 36dB, um aumento muito elevado face aos 31dB da ventoinha única. Não é um modo de operação que recomendemos para o dia a dia.
Neste cenário o cooler stock mostra as suas limitações, chegando aos 85ºC, com a ventoinha a chegar automaticamente à máxima velocidade. ~1,35Volts parece ser o máximo com que este Wraith Spire é capaz de lidar.
Já o Freezer 33 está perfeitamente à vontade com este overclock, não ultrapassando os 63ºC, com 1200 rpm. Por coincidência, a mesma temperatura que o cooler stock consegue sem overclock.
Mais uma vez, a segunda ventoinha reduz 2ºC extra, mas com a introdução do silvo agudo já descrito, embora um pouco menos intenso, nestas velocidades de rotação.
Forçando a velocidade máxima, consegue-se uma redução de mais 2ºC, tanto com uma ventoinha como com duas.
O cooler stock já se encontrava no limite das suas capacidades na situação anterior.