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AMD Ryzen 5 2400G

... com gráficos Radeon Vega integrados.

Gráficos integrados

A grande estrela deste 2400G é, naturalmente, o GPU integrado. Este GPU é, como o seu nome indica, baseado na arquitectura gráfica Vega, a mais avançada da AMD, suportando assim todas as tecnologias mais recentes. Com 11 “Compute Units”, este GPU tem efectivamente um quinto do hardware gráfico da poderosa RX Vega 56, o que faz dele um monstro entre GPUs integrados. Na prática, no entanto, está sujeito a limitações térmicas e de energia, bem como, e acima de tudo, de largura de banda, pelo que só os testes poderão dizer se este é, de facto, o GPU integrado capaz de correr jogos modernos a 10080p e que pode dar, de vez, o golpe de misericórdia nas placas gráficas de baixa gama.
Para pôr os resultados em perspectiva, incluímos também neste teste uma ATI Radeon HD5770, uma placa de média gama de 2010, com uma das melhores relações preço/performance da história dos GPU e que deu um enorme contributo para a massificação do gaming a 1080p.
Os jogos foram testados na resolução de 1080p e com níveis de detalhe médios/normais.
Vamos, então, aos resultados:

3DMark

Apresentamos aqui apenas os resultados da componente gráfica dos testes, visto serem os mais relevantes.
Em primeiro lugar destacamos o grande salto de performance associado ao overclock e, acima de tudo, à passagem de memória a 2133MHz para 3200MHz. O aumento de desempenho vai de 30 a 40%.
Depois, é notável que, com overclock e memórias rápidas, o IGP consiga metade da pontuação da GTX 960, uma gráfica que, não sendo o último grito, ainda é muito capaz, pelos padrões de hoje.
A comparação com a HD5770 também é interessante. Nos testes mais modernos a Vega 11 superioriza-se de forma muito clara (a HD5770 nem corre o mais recente TimeSpy, baseado em DX12, que a placa já não suporta), mas no Cloud Gate fica bastante próxima e no mais básico Ice Storm, a HD5770 toma mesmo a dianteira. Ou seja, quando a complexidade gráfica é grande, o poder computacional da Vega 11 dá-lhe a clara vantagem, mas quando as cenas são suficientemente simples para possibilitar taxas de frames muito elevadas, a Vega 11 parece-nos claramente limitada pela largura de banda de que dispõe. Contextualizando, 2 canais de DDR4 a 3200MHz disponibilizam 50GB/s a todo o APU. A HD5770, com os seus 8 anos, dispõe de cerca de 80GB/s apenas para o GPU.

Rise of the Tomb Raider

Um jogo moderno e graficamente complexo, onde a Vega 11 consegue, mais uma vez, cerca de metade da performance de GTX 960, deixando completamente para trás a velhinha HD5770.
Para uma experiência de jogo capaz é necessário sacrificar mais algum detalhe, no entanto.

GRID Autosport

No GRID a Vega 11 fica um pouco mais longe da GTX 960, apenas igualando a HD5770. O overclock melhora consideravelmente os FPS mínimos, mas os médios não vêem ganhos da mesma magnitude, o que parece indicar outro tipo de factor limitador, nesta situação. O desempenho é, no entanto, suficiente para uma experiência de jogo minimamente confortável.

GTA V

No GTA V a Vega 11 volta à forma, produzindo FPS médios bem acima dos 60FPS, com a ajuda do overclock e memórias, tornando-se provavelmente no primeiro GPU integrado capaz de correr satisfatoriamente este jogo a 1080p.

Luxmark (OpenCL)

Para terminar, avaliámos a capacidade deste GPU a executar código em OpenCL, com o LuxMark 3.0. A superioridade do APU da AMD em relação às soluções mais comuns da Intel é evidente e era esperada.
A performance da Vega 11 deverá ser suficiente para acelerar visivelmente tarefas mais corriqueiras que tirem partido deste tipo de funcionalidade, permitindo dispensar a aquisição de uma placa gráfica apenas para este tipo de trabalhos.

Este é, sem dúvida, o GPU integrado no mesmo pedaço de silicone mais poderoso até ao momento. Metade da performance de uma GTX 960 é muito respeitável, e a habilidade de jogar a 1080p títulos modernos, ainda que com concessões a nível do detalhe gráfico, é notável. este tipo de performance a partir de um GPU integrado torna efectivamente obsoletas todas as placas gráficas abaixo dos 100€, salvo em casos muito específicos.

Infelizmente, a limitação a nível de largura de banda faz-se sentir marcadamente e impede estas soluções de chegarem a patamares ainda mais elevados. Parece-nos que existe claramente o potencial de, num futuro próximo, a mitigação desta limitação com a inclusão de memória do tipo HBM nos chips pode levar os APUs a concorrer até com placas gráficas de média gama, o que representará uma pequena revolução no mercado, particularmente no sector móvel.

Este nível de performance abre ainda a possibilidade de máquinas dedicadas de baixo custo a jogos do tipo MOBA, com as 8 threads do CPU a abrirem potencialmente a capacidade de stream destes tipo de jogos com boa qualidade. Este é um cenário que analisaremos mais aprofundadamente nos próximos dias.

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