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Overclock a um i5-6400 (Skylake não-K)

Memórias

A alteração do BCLK complica um pouco a configuração da memória de sistema, já que a frequência da RAM é estabelecida por multiplicadores aplicados a este. Assim, com a alteração do seu valor, as frequências disponíveis para a memória também se alteram.

BIOS DRAM

Por defeito, independentemente do valor de BCLK definido, a BIOS selecciona valores próximos dos 2133MHz nativos. Já a utilização de frequências mais elevadas pode ser problemática. Os perfis XMP são, neste caso, inúteis, já que restabelecem o BCLK no valor original de 100MHz. Torna-se necessário configurar manualmente grande parte dos parâmetros das memórias. Após verificarmos o correcto funcionamento das nossas memórias a 3000MHz com o CPU stock, tentamos configura-las a essa velocidade com o CPU em overclock. Infelizmente, tal revelou-se impossível. Apesar dos nossos melhores esforços o sistema recusou-se a arrancar convenientemente com as memórias a 3000MHz.
Após algumas tentativas chegamos aos seguintes valores:

CPUZ RAM 170 2720Com um BCLK de 170MHz não conseguimos ultrapassar os 2720MHz nas memórias.

CPUZ RAM 150 2600Com um BCLK de 150MHz, não foi possível ir além dos 2600MHz. O mesmo aconteceu com o BCLK a 130MHz.

Esta não é uma limitação do controlador de memória do CPU ou das memórias, pois com o CPU stock, ambos funcionaram perfeitamente com as memórias a 3000MHz.
Também não está dependente do valor de BCLK, já que obtivemos os melhores resultados com o BCLK mais elevado.
Parece, simplesmente, ser difícil levar as memórias a frequências muito acima de 2600MHz com valores de BCLK diferentes de 100MHz.

Notas finais

O overclock de processadores “Skylake” não-K vem com demasiadas limitações (o AVX, em particular, causa-nos alguma apreensão) e falta de suporte dos fabricantes de motherboards para poder ser considerada um pleno regresso aos “bons velhos tempos”. Mas é, sem dúvida, uma lufada de ar fresco em toda a gama de processadores da Intel, onde o overclock estava à meia década reservado apenas às elites que, porventura, menos precisam dele.
Para os entusiastas que procuram a máxima performance, sem qualquer compromisso, os CPUs “K” continuam a ser, sem dúvida, o caminho a seguir.
Para os restantes, apesar das limitações, a possibilidade de espremer mais performance de hardware mais barato é sempre bem vinda e representa, quanto a nós, o verdadeiro espírito do overclock.

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