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Arctic Liquid Freezer 240

Temperaturas

A configuração do sistema usado no teste é a seguinte:

CPU AMD Ryzen 7 1700 @stock
AMD Ryzen 7 1700 @3,8GHz
Motherboard MSI B350 Tomahawk
RAM Corsair Dominator Platinum 2x8GB DDR4 3200MHZ @2133MHz CL15
Corsair Vengeance LPX 2x16GB DDR4 2400MHZ @2133MHz CL15
Placa gráfica MSI GTX960 Gaming 2GB
Drive de sistema Toshiba OCZ RD400 512GB
Cooling AMD Wraith Spire RGB
Arctic Freezer 33
Arctic Freezer 33 Plus
Corsair H100i V2
Corsair H115i
Fonte de alimentação Corsair CS750M
Caixa Benchtable

Deixamos aqui o nosso agradecimento à Corsair pelo envio de kits de retenção para AM4 para os anteriormente analisados Corsair H100i V2 (ex H100i GTX) e Corsair H115i (ex H110i GTX), o que nos permitiu alargar consideravelmente a nossa base de comparação.

Para testar a capacidade de arrefecimento deste cooler usámos a metodologia introduzida no teste anterior. Resumidamente, consiste em correr o cliente do projecto de computação distribuída Folding@Home por períodos mínimos de meia hora e anotar a temperatura a que o CPU estabiliza. Os testes são feitos à frequência de origem e com um perfil de overclock para 3,8GHz com 1,36Volts.
Os modelos da Corsair integram controlo de ventoinhas próprio e configurável pelo utilizador via o software Corsair Link, mas de modo a termos uma comparação directa, usámos o controlo automático da motherboard em todas as situações.
Os valores foram obtidos ou normalizados para uma temperatura ambiente de 25ºC.

Com o sistema em repouso, os sistemas de refrigeração líquida mostram logo o seu “músculo” mal deixando o CPU aquecer acima da temperatura ambiente. As ventoinhas do Arctic rodam a cerca de 500 RPM, nesta situação, sendo praticamente inaudíveis.
Nos Corsair, as ventoinhas rodam nas 800 RPM, sendo igualmente silenciosas.

Com o CPU a pleno vapor, a rotação das ventoinhas sobe para 700 RPM, mantendo um relativo silêncio e não deixando o processador ultrapassar uns frescos 44ºC. De notar que, neste caso, 2 ventoinhas fazem o mesmo que 4.
Os modelos da Corsair conseguem temperaturas ainda melhores, mas as suas ventoinhas sobem às 1100 RPM, tornado-se audíveis, mas sem passar os 30 dB. É sempre possível definir curvas personalizadas de controlo das ventoinhas, ou usar o controlo integrado destes modelos, para forçar as ventoinhas a velocidades mais baixas sem, acreditamos, grande prejuízo do desempenho.

Forçando as ventoinhas a rodas na velocidade máxima, de 1350 RPM, consegue-se baixar a temperatura 3º a 4ºC, mas o ruído de fundo torna-se notório, com o nosso medidor a registar cerca de 35dB. O ruído tem, no entanto, um registo grave não sendo particularmente incomodativo, e, ao contrário do que sucedia com o Freezer 33, as ventoinhas extra não agravam a situação.
No caso dos Corsair a situação é bem diferente. As ventoinhas destes coolers atingem as 2500 RPM, e o ruído torna-se absolutamente insuportável, com o nosso medidor a registar 56dB. Felizmente, forçando manualmente a rotação para cerca de 1500 RPM, o ruído baixa para níveis toleráveis, abaixo dos 40dB, com as temperaturas a manterem-se em níveis semelhantes, dentro de uma margem de 1º a 2ºC

Com overclock, este Arctic obteve o melhor resultado de entre os coolers testados, mantendo o CPU a 58ºC. Neste caso as ventoinhas sobem mais um pouco a velocidade, chegando às 1100 RPM. O cooler torna-se audível, mas perfeitamente tolerável, registando cerca de 31 dB no nosso medidor.
Os modelos da Corsair registam níveis de ruído semelhante, com as ventoinhas a rodarem nas 1200 RPM.

As ventoinhas à velocidade máxima melhoram a temperatura do CPU em 1ºC a 2ºC, com o Liquid Freezer 240 a manter-se no topo do desempenho.
Acusticamente aplicam-se as considerações já tecidas anteriormente, para as ventoinhas a 100%.

As soluções AIO em teste acabam por ter desempenhos semelhantes, o que não é muito surpreendente, tendo em conta que são todas unidades fabricadas pela Asetek. Mais surpreendente é o facto de ser o modelo mais barato a acabar por ter o melhor desempenho absoluto. É certo que os modelos da Corsair têm outros pontos fortes, como uma construção mais cuidada, iluminação RGB ou o controlo integrado, mas do ponto de vista apenas da performance a valia deste Liquid Freezer 240 é inegável.

Durante este teste observamos que ventoinhas demasiado potentes podem ser contraproducentes, quando em conjunto com sistemas de arrefecimento liquido. Ventoinhas diferentes reagem, naturalmente, de forma diferente à mesma intensidade de impulso PWM. Na prática, ventoinhas capazes de maior velocidade parecem acabar sempre a rodar acima do necessário para uma dada situação, produzindo ruído acima do desejável e, o pior, sem o correspondente salto de desempenho nos cenários mais extremas.
Esta é uma questão a que poderemos voltar com um teste dedicado, quando tivermos oportunidade e se a comunidade manifestar interesse, com um teste de múltiplos coolers com as mesmas ventoinhas e/ou um cooler com diferentes ventoinhas.

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